Um rapaz está encostado no muro de uma rua vaga, cuja popularidade foi criada na base do “boca a boca”. Já é noite, e quem se aproxima conhece os horários daqueles que vendem prazer. O sujeito mantém um cigarro na boca, ou pendurado na orelha. Seu semblante passeia entre o mistério e a sedução. Esse imaginário construído em torno do garoto de programa, alimentado pela ficção, passa por um processo de dissolução. Literalmente. Hoje, esse rapaz fumante pode não ter “ponto” determinado ou hora específica para aparecer. Seu rosto pode, nesse momento, estar vagando ao lado de outras dezenas de feições disponíveis, como se estivesse em um cardápio sexual.